quinta-feira, 14 de junho de 2012

Salve as Folhas....



Na Umbanda, utiliza-se litúrgica e ritualisticamente, as ervas de nossa flora para amacís, imantações, banhos de descarga, etc. As Plantas dos Orixás se dividem em 3 grupos primordiais, à saber: POSITIVAS, NEGATIVAS e NEUTRAS.
Elas são assim catalogadas, conforme a fase lunar da colheita.
A.                Positivas - deverão ser colhidas na fase Crescente ou Cheia
  1. Neutras - deverão ser colhidas na fase Nova
  2. Negativas - deverão ser colhidas na fase Minguante
Entretanto a sua polarização final vai sempre depender das seguintes condições explícitas:
  1. Vibração de quem vai usá-la
  2. Vibração das demais ervas utilizadas
  3. Vibração da intenção com que serão usadas
POSITIVAS: são ervas que, quando usadas, só positivam, não podendo ser intrinsecamente usadas para outro tipo de trabalho.
NEUTRAS: são todas as ervas que servem para, material ou espiritualmente, neutralizar o efeito de outras ervas, o efeito de doenças, assim como o efeito de vibrações negativas e/ou positivas.
NEGATIVAS: são ervas usadas explicitamente para negativar.
A erva é sempre positiva quando colhida nos dois primeiros dias da lunação respectiva; a dita erva torna-se neutra quando colhida nos 3o , 4o e 5o dias da lunação, e negativa quando colhida nos 6o e 7o dias da lunação. Diz-se Dia de Lunação, porque as ervas devem ser colhidas das 6hs às 18hs, portanto sob o efeito dos raios solares (apesar de regidas pelas fases da lua). Jamais deve-se colher uma erva antes das 6hs ou depois das 18hs, como também, nunca se deve plantar qualquer erva no mesmo período.
As ervas devem ser usadas de três formas diferentes:
A.                Para efeito medicinal
  1. Para efeito litúrgico
  2. Para efeito ritualístico
A) Para efeito medicinal, as ervas podem ser usadas:
I.                        Como tratamento preventivo
  1. Como tratamento normal da doença
  2. Como abortivo rápido e definitivo da referida doença
I) Para uso preventivo, as plantas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Para uso no tratamento normal da doença as plantas devem ser colhidas nos 3o ,4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para uso como abortivo as plantas devem ser colhidas sempre no 6o e 7o dias da lunação respectiva.
B) Para efeito litúrgico, as ervas podem ser usadas:
I.                        Como imã, para atrair as vibrações do Orixá desejado.
  1. Como neutralizante entre duas forças ou Orixás.
  2. Como ação repulsiva ao Orixá não desejado.
I) Como imã, as ervas devem ser colhidas nos 1o, 2o e 3o dias da lunação respectiva.
II) Como neutralizante, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectiva.
III) Para efeito repulsivo, as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
C) Para efeito ritualístico, as ervas podem ser usadas:
I.                        Como afirmação ou concordância de efeito litúrgico.
  1. Como equilíbrio entre as forças vibratórias implantadas durante a ação litúrgica.
  2. Como discordância com as forças imantadas.
Entende-se por força imantada, toda a vibração atuante no Ser, mesmo que seja à revelia do mesmo.
I) Como afirmação, as ervas devem ser colhidas nos 1o e 2o dias da lunação respectiva.
II) Como equilíbrio, as ervas devem ser colhidas nos 3o, 4o e 5o dias da lunação respectivo.
III) Como discordância (descarga), as ervas devem ser colhidas nos 6o e 7o dias da lunação respectiva.
RELAÇÃO DAS ERVAS POR ORIXÁS
LINHA DE OXALÁ: arruda, arnica, laranja da terra (folhas), hortelã, poejo, vassoura branca, erva de Oxalá, erva cidreira, alecrim do campo, levante, alecrim miúdo, boldo (tapete de Oxalá), erva quaresma.
LINHA DAS Mães: lágrimas de Nossa Senhora (folhas), mastruço, rosa branca (folhas), pariparoba, orirí de Oxum, erva-de-santa-luzia, espada-de-santa-bárbara, trevo (folhas), quina roxa, abóbora dantas, vitória-régia, açucena, erva-de-santa-bárbara, malva rosa, suma roxa, Ipê Roxo, bambu, rosa amarela, gerberá
LINHA DE IBEJI: amoreira (folhas), alfazema, salsaparrilha, manjericão, ipecacuanha, anil (folhas), capim pé-de-galinha, arranha gato.
LINHA DE XANGÔ: limoeiro (folhas), erva lírio, café (folhas), saião (folhas), erva-de-são-joão, erva de Xangô, quebra-pedra, Rui Barbo, louro, aperta ruã, Maria Nera, erva Moura, Maria Preta, erva de bicho.
LINHA DE OGUM: comigo ninguém pode, espada de Ogum, lança de Ogum, flecha de Ogum, cinco folhas, jurupitã (folhas), jurubeba (folhas), musgo (marinho), ipê (folhas), losna, romã (folhas), sabugueiro, erva-de-coelho, quebra demanda, palma vermelha .
LINHA DE OXÓSSI: picão do mato, cipó caboclo, barba de milho, mil folhas, funcho, fava de quebranto, gervão roxo, tamarindo (folhas), alecrim do mato, boldo, malvarisco, sete sangrias, unha de vaca, azedinha, chapéu de couro, grama barbante, eucalipto,gira sol.
LINHA DAS ALMAS: café (grão), guiné pipíu, arruda (folhas), cambará, sete folhas, erva grossa, vassoura preta, cravo de defunto, mal com tudo, cipó cabeludo.
LINHA DE EXÚ E POMBA GIRA : aroeira, folha de mamona, rosa vermelha, cravo, comigo ninguem pode, jibóia

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Festejo de Sáo Joao Batista




Sáo João Batista é Xangò é o dono do meu destino até o fim
se um dia eu faltar com a minha fé
que caia esta pedreira sobre mim.
                                                   Caboclo João de Una


A Tenda Estrela Guia Do Caboclo Joao de Una tem o prazer de convidar o publico em geral e amigos de caminhada para os festejos em honra ao glorioso São Joao Batista  a se realizar à Rua Suécia n 5 Vila Sarney Maracanã .

segunda-feira, 19 de março de 2012

Guardião Exu.

0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda
 
        Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa. Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido. E as Pomba-giras seriam  as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos... Isto é uma coisa absurda e vulgar... O trabalho da Pomba Gira é sério.  É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O que é esse lixo? 
Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa. 
Nossas ações. 
Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.
        Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando. 
        Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
        Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns. Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência  desses espíritos trabalhando também no Plano Astral *.
     
   A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia. Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada; nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em  muito, na sua recuperação. Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro **, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada.

Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, quando menos melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles são os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas. Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões...) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas. Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.

        A saudação aos Exus: A saudação ao Exú é LARÓYÈ = salve, que também quer dizer salve compadre, boa noite “moça”. Exú é MOJUBÁ - Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”.  Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião. Assim ao cumprimenta-lo estamos dizendo: Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas. Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”.
       
  
         Cada médium que passa por esta Obrigação vai colaborar com eles acrescentando energia e equilíbrio ao trabalho que eles executam. É por este motivo que tantas vezes é falado que devemos ter cuidado com nossos pensamentos e pedidos, pois eles são energias. Os Exús precisam das nossas energias positivas para que possam desempenhar melhor o seu trabalho.
        Nota: Os médiuns que vão fazer a obrigação de Exú devem permanecer em estado de seriedade, afastando-se de bebidas, festas, que neste caso exercem uma atração para as almas desorientadas. A função da obrigação de Exú é basicamente para fazer com que o Exú assuma no campo a função principal de guardião do médium, desde que este se comporte a altura de sua amizade e respeito.

Bebidas: Gostam muito de  bebidas voláteis e o aguardente está entre elas ao qual dão o nome de malafo ou marafo, conhaque, cerveja e outras bebidas fortes. As Pomba-giras gostam de anis e champanhe. Não há necessidade de o médium ingerir a bebida, pois a mesma pode ficar num copo e o Exú ou Pomba-gira trabalhar com a sua energia utilizando  o conteúdo astral da bebida.

Comidas: Os Exús e Pomba Gira gostam de farofa, dendê, cebola, pimenta, limão, semente de mamona, e as Pombas Giras de enfeites e adornos, sem contar que gostam muito se suas oferendas enfeitadas com Rosas Vermelhas.

Alguns Nomes de Pomba Gira: Pomba Gira do Cruzeiro, do Cais, da Calunga, do Cemitério, Padilha, Mulambo, Cigana, Ciganinha, da Calunga, Maria Bonita, Rosa Maria, Maria Rosa, Maria Rita, Rosa vermelha, Rosa do cruzeiro, Sete Véus, Sete cravos, da Encruza..



Alguns Nomes de Exú: Sete Encruzilhadas, Veludo, Caveira, Tranca Ruas, Caveirinha, Exú Campina, Exú do Cruzeiro, Calunga, do Lodo, Lalu, da Madrugada, da Meia Noite, Mangueira, Mulambo, Mulambinho, Malandro, Malandrinho, Gira Mundo, Tiriri, Marabô, Sete Capas, Cadeado, dos Rios, da Cachoeira, dos Ventos, da Praia, Quebra Galho, Sete Covas, Sete Catacumbas, Sete Luas, Sete Sombras, Três Punhais, Três Cruzes, Sete Chaves, Tranca Tudo, Tira Teima, Zé Pilintra e muitos outros.

Hierarquia dos Exús: Os Exús e Pomba-giras prestam obediência ao Chefe da Casa. No caso do Ilê de Bará com Xangô é o Exú Tranca Rua das Almas e Maria Padilha das Almas.

Exú Tronqueira: Não confundir o trabalho do  Exú guardião com o trabalho do EXÚ TRONQUEIRA. O Exú Tronqueira  é aquele que guarda o Terreiro e passa por uma triagem às pessoas que entram no Terreiro. Por isso a sua casa  é colocada junto à porta de entrada e é a primeira a ser saudada. Todos devemos ter o máximo de respeito do Exú Tronqueira, pois se uma Gira corre bem e firme devemos agradecer principalmente a ele.

Exu ---A Pedra

Linha e Falanges dos Exus
 


Linha das Almas

São os que vivem onde tem almas, ou seja, na calunga, e existem várias Calungas. Calunga grande (Mar), Calunga (Cemitério), Calunga das Matas (Matas). Em cada área específica existem Exus responsáveis e cada Exu com seu exército ou falange.

Exu Pimenta pertence a linha das almas e vive na calunga das matas, onde socorre as almas que vagam levando-as à luz, se merecedora ou fica com ele, ou outros exus, onde a alma é reeducada sempre visando levá-la à luz.

Existe a Pomba-Gira Rainha dos 7 Cruzeiros da Calunga Grande, que vive no mar, fazendo o mesmo papel do Exu Pimenta.

Assim como o Exu 7 Cruzes, 7 Covas, 7 Catacumbas, que vivem no Cemitério e fazem o mesmo papel.
Todos os Exus dessa linha trabalham com velas brancas, pretas e brancas, amarelas e pretas e guias da mesma cor.
Linha das Encruzilhadas
Destina-se a linha da rua, ou seja, o povo da rua responsável por todos os caminhos, o responsável por todas as encruzilhadas seria o Rei das Sete Encruzilhadas.
Existem vários exus dessa linha Capa Preta da Encruzilhada, 7 Encruzilhadas, 7 Estradas, 7 Caminhos, Tranca Ruas, entre outros. Trabalham muito com velas vermelhas e pretas, ou pretas e usam guias da mesma cor.
Recebem suas oferendas em encruzilhadas ou matas.
“As encruzilhadas de cimento não são boas para fazer oferendas para exus, pois lá vivem muitos kiumbas, eguns, espíritos atrasados que usam os nomes dos exus para atrapalhar as pessoas”.

Linha das Matas

Onde vivem os exus que trabalham nas cachoeiras, pedreiras, em matas, rios, etc. Onde muitos são caboclos quimbandeiros, trabalham muito com ervas, gostam de ensinar banhos, defumações, tudo que envolva ervas. Existem vários tipos de matas, matas serradas, matas fechadas, matas em beira de estrada, de mar, onde existem os determinados exus responsáveis. Os mais conhecidos são: Arranca-Toco, 7 Cachoeiras, Pimenta, das Matas, dos Rios, entre outros.
Trabalham muito com velas verdes, verdes e pretas ou pretas, usam guias da mesma cor e muitas ervas.

Outras Linhas

Existe a linha dos mirins, onde cada exu tem um mirim representante, trabalham com velas cor de rosa e preta, azul e preta, doces, balas, guaranás, mel, etc. o exu chefe seria Tiriri.
Existe também a linha dos exus do mar, são piratas, marinheiros e exus das almas, afinal o mar é a calunga grande. Trabalham com velas pretas ou azuis, com areia. Suas guias são da mesma cor e com conchas e búzios.
Outra linha é a dos ciganos que em sua maioria são da linha das almas. Trabalham com anéis, jóias, correntes, tudo que envolva dinheiro, usam velas de várias cores. As guias variam bastante entre correntes ou amarelo ou preto.

Pomba-GirasPertencem a todas as linhas entre elas temos: Pomba-Gira Cigana, 7 Saia das Matas, Pomba-Gira Menina, Dama da Noite, Rosa Caveira.

Companheiras (os)Cada exu (ou pomba-gira) tem sua companhia preferida, atuando como seu braço direito, a qual, sempre acompanha seu companheiro. E esse comportamento é uma coisa singular e pessoal variando de exu para exu. Por exemplo: o Tranca Rua das Almas tem como companheira Pomba-Gira das Almas, mas talvez o Tranca Ruas que incorpora no José é da mesma falange (família) daquele que incorpora no João, porém não é o mesmo e com isso prefere uma companheira diferente.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

TENDA DE XANGÔ: FIRMEZA DA TRONQUEIRA

TENDA DE XANGÔ: FIRMEZA DA TRONQUEIRA: Muitos são os que chegam em um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta. Aquelas casinhas, conhec...

A importância de firmar nosso exu guardião.




Todos os que conhecem a Umbanda e os demais cultos afro brasileiros sabem que, antes de qualquer trabalho ser iniciado, é preciso ir até a tronqueira ou casa de Exu e firmá-lo, para que ele possa atuar por fora do espaço espiritual do templo (Tenda ou Ilê Axé), protegendo-o das investidas de hordas de espíritos “caídos” que estão atuando contra as pessoas que buscam auxílio espiritual e religioso que possa livrá-las dessas perseguições terríveis. Para que um trabalho transcorra em paz, harmonia e equilíbrio, e para que os guias espirituais possam atuar em benefício das pessoas e trabalhar os seus problemas, é preciso que tronqueira esteja firmada, porque assim, ativada, ela é um portal para o vazio relativo regido pelo senhor Exu guardião ligado ao Orixá de frente do médium dirigente do templo. Um Exu guardião é assentado na tron­queira, e vários outros são “firmados” dentro dela, sendo que estes estão ligados a outros senhores Exus guardiões de reinos e de domínios regidos por outros Orixás. Os outros não podem ser assentados, senão dois vazios relativos se abrem “ao redor” do espaço espiritual “interno” do templo, e a ação de um interfere na do outro. Um só Exu guardião é assentado, e todos os outros são só “firmados” na tronqueira, pois, se dois forem assentados na mesma, a ação de um interferirá na ação do outro vazio relativo aberto no “lado de fora” do templo. Assentar o Exu e a Pombagira guardiã no mesmo cômodo ou “casa de esquerda” é aceitável, porque o campo de ação dele se abre no “lado de fora” e o campo dela abre-se para dentro do “lado de dentro” do templo, criando apolarização com o campo do Exu guardião. O campo do Exu guardião é o vazio relativo que se abre no lado de fora do espaço espiritual interno do templo. O campo da Pombagira guardiã é o “abismo” que se abre para “dentro”, a partir do espaço espiritual interno do templo. Esses dois Orixás são indispensáveis para o equilíbrio de um trabalho espiritual, porque um atua por fora e o outro atua por dentro do templo.  Um se abre para fora, repetindo o mistério das realidades, e o outro se abre para dentro, repetindo o mistério das dimensões.  Exu retira do “espa­ço infinito” tudo e todos que estiverem gerando desequilíbrio ou causando desarmonia.  Pombagira recolhe ao âmago do espaço in­finito tudo e todos que o estiverem desarmoni­zan­do. São duas formas pare­cidas de atuação, mas Exu retira, e Pombagira inte­rioriza. Comparando o espaço infinito com um vulcão, Exu seria o ato de erup­ção, quando ele descarrega a intensa pressão interna. Já a ação de Pombagira, seria a das rachaduras internas , que a pressão abre dentro da crosta, nas quais correm e acumulam-se toneladas de lava vulcânica, que se acomodam e, lenta­mente, se resfriam e se cristalizam, gerando enormes acúmulos de minérios e cristais de rochas. Exu e Pombagira são indispensáveis aos trabalhos espirituais, porque junto com os consulentes vêm todas as suas cargas energéticas e vibratórias negativas; suas cargas espirituais e elementais que sobrecarregam o espaço espiritual interno, que deve ter essas duas “válvulas” de escape funcionando em perfeita sintonia e sincronizadas com todo o trabalho que está sendo realizado pelos guias espirituais. Se essas “válvulas” estiverem fun­cionando bem, o trabalho realizado não sobrecarregará os guias espirituais que trabalharam pelas pessoas. Porém se não funcionarem corretamente, eles terão que recolher todas as sobrecargas e irem descarregando-as lentamente nos pontos de forças da natureza, mas à custa de muitos esforços. Portanto, com isso entendido, espe­ra­mos que os umbandistas entendam o porquê de terem que firmar seu Exu e sua Pombagira antes de abrirem seus trabalhos espirituais. Exu e Pombagira geram muitos fato­res e executam muitas funções na Criação e, em algumas dessas funções, formam linhas de trabalhos espirituais. Eles também formam pares. Em algumas oca­siões são complemen­ta­res; em outras, são opos­tos; em outras, são com­plementares e opostos ao mesmo tempo.
Só pelas suas funções aqui já descritas, tornam-se indispensáveis à paz, à harmonia e ao equilíbrio dos trabalhos espirituais realizados pelos médiuns umbandistas, tanto os realizados dentro dos centros quanto os realizados fora dele. Afinal, não são poucos os médiuns que, movidos pela bondade, vão até a residência de pessoas com graves problemas ou demandas para ajudá-las e, por não tomarem a precaução de firmar Exu e Pombagira antes de trabalhar para elas, ao invés de ajudá-las realmente, só pegam cargas que irão desequilibrá-los também. Para se fazer um bom trabalho na residência de alguém, assim que chegar, deve-se ir até o quintal, riscar um ponto de Exu, colocar um copo com pinga, firmar as velas nos seus pólos mágicos e invocar o Orixá Exu e o seu Exu guardião, pedindo-lhes que descarreguem todas as sobrecargas e recolham todas as demandas feitas contra os moradores da casa e até contra ela. O mesmo deve ser feito com Pomba­gira para que, só então, o médium comece a trabalhar espiritualmente, porque, aí sim, todas as cargas e demandas terão por onde ser descarregadas. E mesmo as entidades negativas que tiverem de ser transportadas para que recolham suas projeções negativas virão de forma ordenada e equilibrada, não causando nenhum problema durante o trabalho. Quando se vai com alguém na natureza para descarregá-lo, tanto o médium deve firmar suas forças em sua casa como deve, pelo menos, firmar Exu ou Pombagira no campo vibratório escolhido, para não ter contratempo algum durante o trabalho de descarr ego na natureza. São medidas indispensáveis para que um bom trabalho seja realizado e tudo transcorra em paz. Esperamos ter conseguido transmitir os fundamentos necessários para que o ato de “firmar” a esquerda não seja mal interpretado, e sim visto como indis­pen­sável para que bons trabalhos sempre sejam realizados, tanto em benefício próprio quanto dos nossos semelhantes.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Para construir nosso congá.


                        A construção do  congá ou santuário é algo muito pessoal e  particular e deve ser adaptada ao gosto pessoal de cada medium e suas necessidades ,utilizando elementos adequados de acordo com a nossa fé ,algumas pessoas não utilizam imagens ,ao invés disso empregam objetos simbólicos  da natureza que representam  os quatro elementos  , as forças dos orixás e guias espirituais .Transcrevo aqui uma orientação muito interssante da internet que acredito deverá ser útil aos interessados:
Ao montar um congá em casa(altar), deve-se ter critérios e saber pelo menos um pouco como misturar os elementos da natureza(Fogo, terra, ar e água). Um congá em casa, não segue os mesmos critérios do congá do terreiro, não se deve encher o congá de casa de imagens, pegando todos os orixás das 7 linhas e misturando-os no mesmo espaço.
                  Dicas para um congá correto:
Deve conter a imagem de Oxalá e a de seu Orixá de cabeça, nada mais, se quiser, pode adquirir somente a imagem de Oxalá, ja é suficiente.
 Para consagrar sua imagem, leve-a ao terreiro para que um guia cruze-a, antes de colocá-la no congá.
A imagem deve ser limpa mensalmente, com água de rosas brancas no caso de Oxalá, deve ser mantida acesa uma vela branca e um copo com água, após suas orações você deve consumir essa água e depois substituí-la. É melhor que a vela seja de 7 dias e colocada em recipiente adequado, para evitar acidentes.
 O conga, deve estar em um local onde não circule vento.

Se quiser colocar uma rosa branca também pode.

 No altar, onde houver a imagem de Pai Oxalá, é terminantemente proibído colocar bebidas e velas coloridas, principalmente a vermelha e preta.


  congá de ciganos, deve ser separado, jamais se coloca cigano junto com os outros Orixás, principalmente Pai Oxalá, pois os elementos são opostos em cores, a imagem de Santa Sara, deve ficar no altar dos ciganos, pois ela é cultuada como cigana, com cristais, fitas, suco de uva e elementos próprios a esses espíritos, não combina com os elementos de Pai Oxalá.


 O congá de casa, deve ser o mais simples possível, com no máximo 3 imagens, nada de fazer de sua casa um terreiro e nem um velário.


O maior Santuário de um ser-humano, é seu coração, como anda o seu?


Boa sorte na montagem de seu congá.


Mãe Rosa de Xangõ.